Esta história merece ir pro Me Leva Brasil

Estive em Jacarezinho PR, neste final de semana, aproveitei e fui passear no sítio de uma prima, Adelina.
Ela tem um empregado Arildo Néia 58 anos, que ajuda nos afazeres com o gado.
Arildo tem uma história fantástica, se eu tivesse ouvido por qualquer outra pessoa, acho que duvidaria.
Arildo foi para Aparecida SP numa excursão em 19/05/2008, chegando lá ele se afastou do grupo e não o acharam mais. Procuraram por ele, ligaram pra polícia, fizeram tudo que podiam, enfim voltaram para Jacarezinho sem ele.
A distancia entre Aparecida e Jacarezinho é de mais ou menos 600 km.
29 dias depois minha prima e conhecidos dos sítios próximos já sem esperança de noticias, estavam se reunindo em oração por ele, quando o telefone tocou e alguém do outro lado perguntou sobre o Arildo, minha prima disse que não tinha notícias, então a pessoa informou que estava com ele na Pedra Assassina ( Pedra Assassina é um local já no estado do Paraná, perto da divisa com o estado de São Paulo onde um criminoso ficou escondido há muitos anos atrás, por isso o nome da tal pedra).
Minha prima foi até o local buscá-lo, diz ela que ele estava muito magro e muito queimado pelo sol.
E ele mesmo me contou o que tinha acontecido durante esses 29 dias.
Diz ele que quando não conseguiu encontrar o pessoal da romaria, ele achou que ia morrer de fome, pois tinha pouco dinheiro, mas decidiu voltar pra casa caminhando, e o fez.
Ele me contou que veio caminhando de Aparecida até ali na divisa do estado do Paraná, e diz ter parado em São Paulo onde ficou num lugar que eu suponho ser um albergue, ele diz hospital, ficou lá 7 dias se recuperou e de novo na estrada, diz que um policial o parou e perguntou o que ele levava no saco, ele mostrou e disse que ia para Jacarezinho, o policial disse que ele estava na direção errada, ele estava indo para Santos e o colocou na direção certa, diz nunca ter pedido nada pra ninguém, ganhou coberta embalada no plástico, marmita dos caminhoneiros e comida de pessoas que se compadeciam dele, ele nunca teve que pedir, dormia nas moitas na beira das estradas.
Perguntei, e banho; ele respondeu que uma vez ele achou um riacho e se lavou.
Ele caminhou praticamente 600 km, com a mesma roupa, só trocou a bota porque estragou, ganhou um chinelo, se lavou uma vez, comia porque neste mundo ainda existe caridade, dormia ao relento na beira das estradas e ainda assim ele disse que foi gostoso, que foi ruim só o fato de ter que dormir nas moitas, ele tinha medo.


Sabe aquele quadro do fantástico Me leva Brasil, onde o repórter Mauricio Kublusly entrevista personagens desconhecidos por esse Brasil afora, a historia de Arildo merecia ser conhecida!


Eis o Arildo firme o forte!


2 comentários:

Unknown disse...

Sou fã do Arildo!!!!!

Letícia disse...

Sem comentários, hein?!
uhahauahuahuahuahuahuahuahuhauau

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